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EUA retiram tarifa extra de 40% e reabrem mercado para ampla lista de produtos brasileiros
21/11/2025, 09h
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira a remoção da tarifa adicional de 40% aplicada desde 2025 sobre uma ampla gama de produtos brasileiros. A decisão, assinada pelo presidente Donald Trump, marca uma mudança significativa na política comercial entre os dois países e garante maior competitividade aos itens do agronegócio nacional no mercado norte-americano.

Entre os produtos beneficiados estão todas as categorias de carne bovina — sejam cortes frescos, resfriados ou congelados, com ou sem osso — além de miúdos como língua e fígado, e carnes salgadas, defumadas ou processadas. O segmento, que vinha sofrendo forte impacto com a sobretaxa, espera aumento imediato das exportações.

O café, uma das principais commodities brasileiras, também passa a entrar nos EUA sem a cobrança extra. A liberação vale para café cru, descafeinado ou não, café torrado e derivados como cascas e extratos concentrados. O setor prevê avanços tanto para indústrias quanto para distribuidores norte-americanos.

Castanhas — como castanha-do-pará, castanha de caju e macadâmia —, coco e diversas frutas tropicais frescas ou processadas, incluindo manga, abacaxi, abacate, mamão, goiaba, banana, limão e açaí, também foram contempladas. Esses produtos, que atendem nichos premium, aguardavam a flexibilização para retomar força nos EUA.

A medida abrange ainda sucos específicos, entre eles o suco de laranja não congelado com grau Brix superior a 20, o suco de abacaxi concentrado e o suco de lima com Brix alto. Já o suco de laranja congelado e o com Brix até 20 permanecem fora da revisão tarifária, impactando diretamente contratos e padrões industriais.

O pacote inclui especiarias como pimenta-do-reino, baunilha, canela, cravo, noz-moscada, cardamomo e pápricas, além de produtos derivados de cacau — grãos, manteiga, pasta e pó — que agora ganham competitividade ampliada no mercado norte-americano.

Raízes e tubérculos, como mandioca em diferentes formas, inhame, taro e arrowroot, também foram liberados, assim como tomates frescos. A tradicional erva-mate do Sul do Brasil passa igualmente a ter acesso facilitado ao mercado dos EUA.

Chás verde e preto, palmito, frutas cristalizadas, coco preparado, brotos de bambu, jiló, chuchu e cogumelos desidratados integram o grupo de produtos beneficiados.

O anúncio movimentou produtores, cooperativas e tradings brasileiras, especialmente diante da demanda crescente nos EUA por alimentos tropicais e ingredientes diferenciados. A retirada da tarifa promete alterar os fluxos comerciais já nesta safra, devolvendo previsibilidade a exportadores que competiam em desvantagem com outros fornecedores globais.

A medida também deve destravar mercadorias que estavam retidas em zonas alfandegadas norte-americanas, permitindo sua entrada imediata no mercado local. Para as empresas brasileiras, o novo cenário favorece negociações de médio prazo e a abertura de novos canais comerciais.

Com o alívio tarifário, o agronegócio brasileiro espera fortalecer ainda mais sua presença nas redes varejistas e na indústria alimentícia dos EUA. Agora, o setor acompanha os próximos passos das discussões bilaterais sobre regras sanitárias, padrões técnicos e políticas comerciais.

FONTE. AGRO E PROSA - DIVINO ONALDO
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