Madrugada Morada
00:00 Às 07:00
AO VIVO
Confinamento mostra recuperação e previsão é de lucro para o início de 2026
17/11/2025, 09h
A primeira metade de novembro confirmou a reversão de cenário esperada pelos pecuaristas desde setembro. Após meses de margens apertadas no início e meados do ano, novos dados do Cepea, em parceria com a Tortuga/DSM, apontam para um período mais favorável para quem programou abates para o começo de 2026. As estimativas indicam rentabilidade média de 12% para janeiro e fevereiro.

O levantamento considera um boi Nelore inteiro, com 375 kg na entrada, 540 kg na saída, rendimento de carcaça de 55% e 105 dias de confinamento. Os custos incluem a compra do boi magro, alimentação e despesas operacionais, calculados conforme os preços vigentes no mês de entrada. Já a receita futura é projetada com base nos contratos da B3 negociados em 10 de novembro de 2025.

O otimismo do setor se apoia principalmente no comportamento do preço do boi gordo. A expectativa é de oferta limitada no curto e médio prazo, dificultando a reposição e reduzindo a disponibilidade de animais para abate. Ao mesmo tempo, a demanda interna segue estável, e as exportações permanecem firmes, sustentando preços elevados.

O informativo técnico destaca a melhora das margens a partir de setembro. Entre maio e agosto, os resultados foram negativos ou próximos de zero, reflexo do alto custo de produção e baixa liquidez de mercado. Com a virada do cenário, os abates de setembro já apresentaram lucro, avanço que se intensificou em outubro.

As projeções apontam que esse movimento deve continuar até o fim de 2025, com novembro e dezembro também registrando margens positivas. A tendência reforça a confiança dos confinadores e pode estimular novos investimentos, especialmente em sistemas de engorda intensiva mais tecnificados.

As análises do Cepea e da Tortuga/DSM têm sido essenciais para orientar decisões no campo, oferecendo parâmetros técnicos baseados em um pacote nutricional padrão e ajudando na avaliação dos custos e oportunidades de mercado. A combinação de oferta restrita e demanda aquecida forma o cenário que sustenta a expectativa de rentabilidade para o próximo bimestre.

Apesar do quadro favorável, especialistas alertam para a necessidade de cautela. A volatilidade do mercado e possíveis impactos climáticos sobre a oferta futura de animais exigem atenção contínua. Ainda assim, o encerramento de 2025 sinaliza um ambiente mais estável e menos pressionado que o observado no meio do ano.

A continuidade dessa evolução dependerá do comportamento dos preços, da demanda internacional e da capacidade de recomposição dos rebanhos. As perspectivas positivas para janeiro e fevereiro de 2026 reforçam a tendência de recuperação gradual e abrem espaço para decisões estratégicas nos sistemas de confinamento.

FONTE. DIVINO ONALDO - AGRO E PROSA
Rua Dalila Jaime, s/nº, Q25 L13 - Setor Pauzanes - CEP: 75904-025 - Rio Verde, GO
WhatsApp (64) 3621-4433
Copyright © 2025 - Todos os direitos reservados!